domingo, 29 de junho de 2014

A dor de todas das dores

Hoje, mais do que nunca, olho para o meu filho e abraço-o com uma força desmedida. É o meu céu,  o meu chão,  a minha vida, o meu tudo. O meu amor maior, a minha aflição permanente,  o meu tesouro mais reluzente. É a melhor parte de mim e do meu amor pelo seu pai. É o meu coração a viver fora do meu peito.
Hoje, agradeço por tê-lo aqui, forte, saudável e protegido, comigo. Agradeço a vida e o dom que é ser mãe e ter um filho como ele. Agradeço a luz que ele acende no meu coração cada vez que ri, com aquela boquinha pequenina, ainda sem dentes mas tão expressiva. Agradeço tudo o que ele faz, porque ele está aqui e eu estou com ele, feliz por ele existir.
Hoje, uma mãe perdeu o seu chão.   Reformulo: hoje, várias mães perderam o seu chão,  o seu mundo. Umas serão mais (re) conhecidas do que outras mas partilham um denominador comum: são mães que passam pela maior amargura das suas vidas e que perderam o que alguma vez tiveram de mais precioso.

A todas elas, um abraço sentido, um carinho tão necessário,  um silêncio tão esclarecedor.  A vida, em si, continua.  Mas a vida, como a conheciam, acabou hoje. Que tenham a tão precisa força para, qual fénix, renascer das cinzas...

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