terça-feira, 15 de outubro de 2013

Sábado de Vindimas

Eu disse que o fim-de-semana foi preenchido. Pois, Sábado houve vindimas lá em casa e o correrio e animação que isso significa. Este ano, para mim, este dia passou muito rápido, devido à minha actual condição. Levantei tarde, fruto de uma noite tumultuosa, e adormeci no fim de almoço pela tarde toda (eu não sou disto, de todo, mas a gravidez tem destas coisas).

É um dia com casa cheia, a avó aos berros por tudo e por nada, o avô nas suas sete quintas a dar ao tramelo, o marido aflito porque desde que o sogro se mandou para terras de Vera Cruz, é ele que assume a pasta da adega (e que pasta), o mano a tentar fazer o seu trabalho apesar de receber provocações a torto e a direito, a mãe mais ou menos encostada, a ver o que fazer e mais mulheres na cozinha, a ajudar a avó e a tentar não deixar que se passe.

Ainda sou do tempo em que este dia era longo e até muitas vezes se repetia. Agora, a vindima propriamente dita acaba antes do meio-dia e o trabalho na adega às 18h já está feito, com a adega limpa e os utensílios todos lavados e prontos a arrumar. Claro que a festa não se acaba aqui. Há sempre uns elementos que se alapam por lá noite adentro com o chefe da casa, que bem gosta de paleio.

E passa mais um dia de vindimas, que me traz tão boas recordações da já passada e distante infância. O pior, este ano, é que parece ser o último nos próximos tempos, devido ao facto de aparentemente a vinha ir toda abaixo para ser plantada uma nova. Eu, conhecendo o chefe como conheço, tenho cá as minhas dúvidas. Mas pode ser. E se assim for, havemos de esperar mais uns anitos para reviver outro dia como o de Sábado.


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