Ora, estes dias andava amuada com qualquer coisa pouco relevante (ai as hormonas...) e o homem decidiu por mãos à obra. Mandou-me chegar a certa hora a casa, sem atrasos. E mandou-me ir guardar o carro à nossa garagem (para quem não sabe, vivemos actualmente na casa da minha mãe, ao lado da nossa, no mesmo terreno).
Obedeci sem reclamar (o que foi já de si um feito). Cheguei sorrateira e homem nem vê-lo. Até que chega de carro e me manda para o salão de nossa casa... Pela enésima vez achei que o homem tinha finalmente pirado de vez, que não havia volta, que estava o caldo entornado para a sua sanidade mental.
Mas não, chego ao salão e tem ele uma mesa improvisada montada, a nossa loiça posta (coitado, teve de lavar tudo para usar) e o jantar servido, que tinha ido buscar ao take-away. Dizia ele que sente saudades de casa. Da nossa. E como eu o compreendo. Mas por uma noite, por um jantar, deixámos de estar desalojados e namorámos naquela que é a nossa casa, o nosso ninho.
P.S.: Enquanto jantávamos era inevitável olhar para os lados e pensar que daqui a uns meses, se já lá estivermos novamente instalados, teremos um ambiente diferentes, com um mini-ser a gatinhar, a chorar, a mexer em tudo. E dois histéricos a correr atrás dele, para não se magoar, para desviar perigos, para o segurar... Oh que vontade...
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