quarta-feira, 29 de maio de 2013

Há profisisonais e profissionais.
Há os que amam a sua profissão e encontraram nela a sua vocação plena. Que se dedicam a 100% e põem em cada pequena coisa que façam toda a sua paixão e dedicação. São profssionais competentes e dedicados, preocupados e interessados, que estão disponíveis na generealidade do tempo.

Depois há os que trabalham por trabalhar. Os money makers, a quem só lhes interessa o proveito financeiro da profissão e, por isso, trabalham naquele horário, naquele espaço e depois, acabou-se. Não atendem fora de horas, não recebem telefonemas, não estão disponíveis senão uma ou duas vezes por semana.

Há certas profissões em que apesar da diferença se notar, acaba por não importar. Mas há outras em que a diferença é o cerne da questão. É o caso dos médicos, enfermeiros e até advogados. Quando precisamos mesmo deles, tem de ser naquela hora porque ninguém escolhe ficar doente às segundas a partir das 14h, quando o sr. doutor dá consultas no consultário privado, onde pagamos couro e cabelo para ser atendidos muitas vezes de mau humor e a correr. Tal como ninguém escolhe a hora de ser preso ou ter uma penhora à porta o qualquer outra emergência jurídica.

Centrando nos médicos, tratam-nos, literalmente, da saúde. Além de competentes, deviam ter outras preocupações. E eu sei que há médicos assim, porque sou consultada por um a quem posso ligar nem que seja de madrugada, se precisar, que ele atende cheio de paciência e boa-vontade. É um médico que já foi abrir a clínica a um Domingo, de propósito para me atender. Porque o caso é urgente e não pode esperar. E porque a situação obriga a que não possa recorrer a qualquer outro médico.

Depois tenho um outro médico que não me conhece, apesar de neste ano já lá ter ido umas quatro vezes ou cinco. Cada vez que lá vou, tenho de lhe explicar quem sou, o que lá estou a fazer, porquê e tudo e mais alguma coisa. Não sabe nada de mim, não me reconhece, e faz-me exactamente as mesmas perguntas de todas as vezes. E depois, nunca está disponível. Só vem naqueles dias e ponto. Quem quer quer, quem não quer paciência. E eu não me dou com esse sistema. Eu quero alguém de confiança, que saiba quem sou, com quem me sinta à vontade. Alguém que não me faça sentir um cifrão! Vai daí que esse já foi no quinze e hoje toca a experimentar outro...


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