Eu tenho fobia de tudo-quanto-seja-bicho. Fobia de morte, ao ponto de hiperventilar, entrar em choque, perder completamente o controlo. O homem já achou que era exagero, que não era normal tanto drama e tal, mas com o passar dos tempos e com vários exemplos, mentalizou-se que era a sério e que não é histerismo: eu fico realmente perturbada e aflita.
Hoje regressamos, finalmente e de vez, a casa. Depois de quase três meses de abandono total da casa, em que passávamos uma ou duas noites por semana casa, a verdade é que reina o caos e a confusão e, acima de tudo, pó e sujidade.
Eis que procurava no quarto de hóspedes um pijama para o S. quando, de entre os cestos de roupa que estavam no chão, me sai um ratinho a correr desenfreado. Bem, na verdade não sei quer terá ficado mais aflito mas quem, sem sombra de dúvidas, surtou, fui eu! Eu corri e berrei tanto que estou até agora para perceber como não me apareceu à porta toda um esquadrão de polícias, bombeiros e tal. Mas não, não só não apareceram esses como, para piorar o meu mais sofrido desespero, o homem não dava com a gritaria e nada de aparecer.
Moral da história: o bicho foi despejado e eu vim parar à casa de cima, que não ía conseguir pregar olho em casa, sempre a imaginar bicho dentro dos lençóis. Ah, e este é dos um poucos momentos em que dava tudo para morar num belo apartamento!
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