Todavia, e porque a vida é assim imprevisível, a tragédia abateu-se naquela academia e o negro deixou de passear apenas nos trajes académicos para pairar nos corações de todos os envolvidos, mesmo que de uma forma mais remota e aparentemente quase irrelevante.
Esse dia nunca mais será esquecido. Nem pelos familiares dos jovens que falecera,. Nem pelos que se feriram. Nem pelas dezenas, senão centenas, dos que assistiram a tudo. Nem pelos familiares de qualque estudante de lá (afinal, até terem tido a cereteza, poderia ter sido o seu filho). Nem pelos professores e funcionários.
A alegria terminou, deixou de haver qualquer razão para festejo. Nãos e festeja em cima da morte de três colegas, não se consegue. E aqui, esteve a associação académica a um nível que, apesar de tudo, nunca esperei ver, numa sociedade cada vez mais leviana e tão pobres e valores. A duas semanas, creio eu, do início dos festejos, cancelou todas as festas, inclusivamente as festas noturnas. E aqui, perdoem-me a expressão, é precisor reconhecer os "tomates" de quem tomou esta decisão que, apesar de na minha óptica ser a única possível, poderia ter sido contornada com desculpas esfarrapadas. De facto, vieram os jovens da Universidade do Minho fazer aquilo que os da do Porto nos fizeram esquecer: a vida humana tem um valor desmedido, que deveria ficar acimad e qualquer outra coisa, principalmente o dinheiro e a diversão.
Infelizmente, congratulando a iniciativa actual não consigo esquecer o paradigma de há um ano atrás, em que um estudante morreu ao serviço da queima do Porto, dentro do recinto, num assalto perpetrado no mesmo, no dia imediatamente anterior ao iníciod a mesma. Mas o show continuou. Como se nada foss. Como se nao estivesse o recinto manchado de sangue. O de um colega. Morto em serviço. Ao serviço daquela festa. Ao serviços e milhares de estudantes que prosseguiram como se nada tivesse sucedido.
Em suma: os profundos desejos de que todas as pessoas trazidas para esta tragédia e derrotadas pela mesma encontrem a força para prosseguir e lamber as feridas. E a mais profunda e genuína alegria por ver que ainda há esperança nesta juventude.
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