A saga dos acidentes

Com este tempinho, e considerando que estamos na presença das primeiras chuvas a sério em bastante tempo, já estes dias tinha eu comentado com os meus botões que o meu muro estava que bastante sossegado e sem i cidentes, barulhos a meio da noite, chapas partidas e feridos.

E a verdade é que o muro continua intocável, mas agora mesmo lá se foram as estatísticas e eis que estava eu refastelada no sofá a er TV quando ouvi um barulho parecido com aqueles foguetes em fim de feta, prolongados. No meu brilhante raciocínio lembrei-me que é segunda-feira e 23h, pelo que seria pouco provável haver festança. Espreito pela janela e lá estava já confusão na curva com um carro já de piscas ligados. Pois, tinha-se aberto oficialmente a silly season e dado início à época de despistes e acidentes nesta tão famosa curva.

Ainda fui lá fora avudir, mas uma mulher de esperanças não se pode dar ao luxo de apanhar a molha da sua vida mesmo depois de tomar um banhinho quentinho.  Por isso, e muito contrariado, lá me resignei a chamar socorro e recolher-me aos reais aposentos. Com um muro intacto (nem por isso, mas isso fica para outras núpcias).