Ainda não me recuperei da maratona de mudanças e montagens do ano passado (sim, é verdade, está quase a fazer um ano!)... Mas alguém lá em cima olhou para mim e deve ter pensado que essa era a minha vocação: montar coisas, arranjar sítios para as por, organizar, escolher móveis e localizações, tapetes, pratos, copos, lavar, passar, arrumar... E tanto assim foi que ainda nem um ano a minha casa tem, e já lá não estou a morar.
Pois é, há mais de dois meses que, qual bom filho que à casa torna, regressei à casa dos papás, desta vez com o marido como apêndice, para lá passar uma temporada que esperava curta. Sucede que de curta não tem tido nada. Sucede que as obras da minha casa nunca mais começam e sucede também que a minha casa parece aquelas dos filmes, em que mostram imagens de casas abandonadas depois de uma catástrofe, em que está tudo abandonado, ainda com coisas espalhadas, sinal de que alguém um dia lá viveu.
Pois é. Eu e o maridão efetivamente lá vivemos. Mas foi tão pouco que agora damos connosco a não lembrar onde tínhamos este ou aquele móvel. A verdade é queremos muito retomar o nosso lar, a nossa casa, o nosso espaço. A nossa privacidade. Mas também sabemos que isso vai significar umas boas semanas de obras. E antes dela, as necessárias operações de "desmontagem" de móveis e recolha para a garagem. É preciso tirar tudo dos armários, tapetes do chão, roupas, bibelots e tudo o que não seja chão e parede! E isso dá trabalho, porque meter lá para dentro. Pior é tirar e selecionar o que já nem volta a entrar mais...
E com isso dou comigo a entrar em parafuso com os tempos que se avizinham e que, por azar, aparecem sempre nas férias, para me atormentar (logo eu que nem sou nada stressada!!!).
Claro que há sempre a parte boa... E dessa eu gosto e muito: escolher novas mobílias para rechear cantos que ainda não estavam como queria. Reorganizar cozinha, WC's e quartos... Também, não pode ser tudo mau...
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